sábado, 6 de fevereiro de 2010

Sobre o processo WE CAGE por Isabela Schwab

Para mim “We Cage” vem abrir em Curitiba um espaço de construção da relação entre o corpo dançante e a tecnologia, tecnologia esta que não está apenas no espaço físico na função de suporte para algo, mas sim como um outro tipo de corpo em cena dialogando com o todo. Corpo e tecnologia nesse espetáculo são como uma via de mão dupla, emergem ações e reações em um diálogo entre corpos, sons, objetos, cabos, espaço e direções.
Dentro do processo, um ponto interessante para apontar aqui, são os ajustes que os corpos se permitem fazer para a criação de uma linguagem que é igual na diferença, que tem um foco e um objetivo, mas é aberta para receber informações e entendimento de diferentes corpos em relação a criação de movimentos.
Outro ponto essencial para a construção da linguagem corporal é a função de colocar o corpo na experiência do movimento o tempo todo, segundo Cunningham “capacidade de pensar, de existir por inteiro”. É deixar ser em tempo real, o corpo que fala de corpo, com peso, espaço, direções, limites, agilidade e ajustes em pequenas frações de segundos.
Por hoje duas palavras, que juntas tem um único sentido, podem definir o estado e a vontade que sinto em meu corpo durante os momentos do processo, são elas: Longe Alcance.

Isabela Schwab, bailarina de WE CAGE.

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